Quem é Luís Panizo

Minha História

Começando pelo início... nasci no Rio de Janeiro em dezembro de 1959. Pois é, no milênio passado. Mudamos para São Paulo quando eu tinha 9 anos de idade, por oportunidades de negócios para meu pai. A paixão pelo esporte surgiu, mas era cópia de todos, o futebol. E eu até jogava bem. Mas, como não consegui passar nas peneiras, a paixão acabou mudando, agora era a Medicina.
Porém, garoto de rua, jogando futebol o dia inteiro, seja na rua ou em quadras, claro, não fui muito fundo nos estudos e a medicina ficou no sonho. Mas consegui me formar em Biomedicina. Além de cursos de educação física e psicologia clínica, mas que não me graduei.
Mais recentemente, completei os cursos de extensão de Neurociência do Desenvolvimento e de Psicologia Positiva.

Esportes

O futebol naquele tempo era mais brutal com jogadores rápidos e dribladores. Lesões e mais lesões e o médico advertiu: "ou muda de esporte, ou vai acabar numa cadeira de rodas". Experimentei outro que comecei a gostar muito, o caratê. O médico disse que era para ser mais leve, como "natação". Não gostei muito da natação. E no caratê, mais lesões. Porém, meu mestre era diferenciado e isto é muito importante. Ele estimulava que os mais graduados estudassem mais filosofia oriental, cerimônia do chá, caminho da escrita (shodo). Interessante e enriquecedor. Aprendi que o exemplo dado pelo mestre e aprofundar os estudos nos detalhes faz total diferença.

Kyudo

Mas eu queria algo mais ligado aos antigos samurais. Pensei no hipismo. Muito caro. Pensei no kendo (espada), mas, amigos que foram, tiveram experiência desagradável de discriminação por serem brasileiros. Descobri o Kyudo (o caminho do arco), e no clube onde era professor de caratê tinha o arco e flecha. Pedi permissão para fazer a aula e me apaixonei na primeira flecha no alvo. Detalhe, eu já tinha 32 anos quando iniciei.
Depois de algumas aulas, o diretor me viu, me chamou de lado e elogiou minha concentração, apesar da bagunça das crianças na aula. E me lançou um desafio: para eu participar do Campeonato Paulista. Confesso, aquilo mexeu comigo, apesar de não acreditar em minha capacidade, pois só tinha feito umas 8 aulas e, nos outros esportes, para ter condições de participar de campeonatos oficiais, era preciso anos de treino.

Paixão Arco e Flecha

1992, desafio aceito. Passei a treinar mais, buscando resultados. Primeira competição, Campeonato Paulista, vice-campeão. Treinei mais ainda. Final, Campeão Paulista. Convocado para o Campeonato Brasileiro no Rio de Janeiro. Consegui o 3° lugar. Categoria arco composto instintivo. Convidado para primeiro evento: Feira Internacional de Esportes, a Feira do Pelé.
1993, aprimorando a técnica e um novo desafio, atirar com mira. Mas será que devia abandonar meu título. A regra e a loucura permitiam, então participei das duas categorias no Paulista: Composto Instintivo e Composto com Mira. No Brasileiro, só Instintivo, onde conquistei meu primeiro título brasileiro e o recorde de pontos. No Paulista, conquistei os 2 títulos e mudaram as regras, não era mais permitido competir em 2 categorias.
1994 e 95 mais títulos e rocordes vieram, inclusive na novidade, o Field FITA. Também passei para a categoria Arco Recurvo. Eventos cada vez mais importantes, tanto para divulgação quanto para empresas, clubes e associações.
Parece que machuquei alguém. As perseguições vieram e cresceram muito. Acabei perdendo o local de treino, desanimei e parei com as competições, por alguns anos.

O Desafio é maior

Era 2009, e um grande amigo, ex-aluno, que estava competindo por outra associação, entrou em contato me convidando para participar da seletiva para o Campeonato Sulamericano e Mundial Indoor na Argentina. Também para meus alunos mais experientes. Hummm... o bichinho do desafio novamente. Topei. Treinei muito novamente. Na seletiva, fiquei em primeiro lugar e alguns alunos também conseguiram se classificar. Mais treinos duros.
Argentina, dia de treino, mais de 300 atletas de diversos países. Foram 3 dias de competições e meus primeiros títulos internacionais, Sulamericano e Mundial, com recorde de pontos. Saiu na imprensa. Mais perseguições. Difícil, viu, mas continuei e mais títulos Paulistas e Brasileiros vieram.
2011, África do Sul, mais um Mundial conquistado, mas confesso, sem a mesma festa, apesar do Bi Mundial. Pensei que era hora de parar com competições.
2013, Campeonato Mundial nos Estados Unidos. Será que vale a pena participar? Tanto esforço, gastos e com cada vez mais obrigação de ser campeão. Mas fui, para aproveitar e fazer o curso de Instrutor Internacional pela NTS. Mais dias e mais gastos. Porém, veio o Tricampeonato Mundial. Decisão: cumpri minha trilogia, chega de campeonatos. Será???